Cheguei em Zürich Central Station perdidassa, até por que o idioma oficial de lá é o alemão. Como eu encontraria meu amigo só no dia seguinte pois ele vinha de Genebra, fui tentar encontrar o hostel.
olha que amorzinho
Zurique me surpreendeu muito, pois tem a parte tecnológica, onde tem os famosos bancos que mais parecem galerias de arte do que um mero lugar para lavar seu dinheiro. Tem a parte antiga, com a arquitetura ainda preservada. E tem a parte que eu mais amei, é um bairro industrial em Zurique West, onde o graffiti tomou conta dos muros, as antigas indústrias fecharam e hoje são bares, lojas, mercados. Nem o antigo viaduto escapou e hoje é um mercadão cheio de coisinhas orgânicas.
Arredores da Estação Central
Muitos artistas fazem suas instalações por lá, e até descobri uma baladinha que acontece dentro de uma antiga fábrica de pasteurização de leite onde ainda tem todo o maquinário antigo. A fábrica foi toda redecorada num estilo punk/pop-arte/lúdico.
A baladinha era ali em cima nas vacas meditando
Uma opção bem legal por Zurique, assim como qualquer outra cidade são os Free Walking Tour. Existem 3 tipos em Zurique que eu conheci: o clássico pela Old Twn, um pela parte tecnológica, e este que te leva para lugares bem fora das rotas turísticas, como este bairro industrial.
Tem spaghetti saindo do regador gente
Talvez o que tenha ajudado esta parte de Zurique ser tão cool, é o fato de que a Universidade das Artes está localizada por lá. Os galpões, as fábricas desativadas e os viadutos de Zürich West, são o que me mais me deixaram animada, pois ali se encontram algumas das lojas, e boates mais diferentes que eu já vi. Logo a Suíça com essa carinha de homens engravatados e carrões bonitos.
Será que o Cunha escondia dinheiro aqui neste banco?
Continuando em Zürich West chegamos numa pilha de uns 15 contêiners empilhados e cada um de uma cor. Subimos (de escada, claro) todos eles com o guia do Free Walking Tour e conhecemos o empreendimento. É uma loja de dois designers muito conhecidos Markus e Daniel Freitag. Não pude fotografar a parte interna, mas imagine o paraíso das bolsas e mochilas recicladas, mas muito chiques. São peças trabalhadas com lonas de caminhão recicladas, câmaras de ar de bicicletas e cintos de segurança de carro. A loja se destaca pelo conceito ecológico e a possibilidade de você montar as cores, os materiais e as estampas. Sério, essa loja é muito incrível, e infelizmente fora do orçamento de quem tá no fim do intercâmbio.
Tenha em mente que Zurique é uma cidade muito cara, ou você viaja cheio de mantimentos, ou você vai ter que gastar uma graninha para se alimentar. Se você for o louco das artes tipo eu, indico o Plus 5, são vários restaurantes que ficam dentro de uma montadora de automóveis que foi desativada nos anos 80.
Rua em direção ao Plus 5
Porém, se você quer provar algo bem local sem gastar muito na estação central tem diversas opções de comida, não deixe de provar o Brot mit Würst, que é esse pãozinho com uma salsicha de metro dentro.
óia o tamanho da sarsicha minha gente, 4 euros
O hostel
Não lembrei que a prostituição era liberada na Suíça, e descobri que meu hostel era no principal ponto de trabalho das moças. Me diverti vendo o movimento, até encontrei um bar chamado “Piranha’s Bar”, infelizmente não consegui fotografar. Mesmo assim, ficamos tomando cerveja na rua até tarde, e não tivemos um único problema. Meu único azar na visita que eu fiz por Zurique foram 2: Perder meu livro e chover os 3 dias que eu fiquei lá.
Vista da porta do meu hostel