Prefiro queimar o mapa

Traçar de novo a estrada

Ver cores nas cinzas

E a vida reinventar

É um dos trechos de uma música que eu gosto muito (francisco, el hombre – Triste, Louca ou Má).  Esse texto talvez fuja um pouco da temática que eu costumo escrever, mas atualmente tenho duas amigas passando por um relacionamento abusivo. Graças a deusa uma delas já percebeu e conseguiu cair fora, a outra ainda não. Eu me questiono o que faz uma mulher forte, independente, inteligente ter que abdicar da própria liberdade por outro? Não cabe a mim responder

Se você está passando por algo parecido, entenda esse texto como um sinal. Queime os mapas, trace uma nova estrada e reinvente-se.

Mulher, você não precisa procurar o amor em todo o canto, aprenda a se sentir completa sem ninguém. Sim, demora, é difícil, é triste, mas você supera. A gente sempre supera.

Zanzibar, Tanzânia

Pega todo esse dinheiro que você está gastando com o seu companheiro que não divide as contas da casa igualmente com você e compra uma mala. Troque os sonhos dele pelos seus próprios sonhos. Transforme o ciúme obsessivo dele no seu plano de fuga. E vá.

“Mas no fundo é o jeito dele de demonstrar que me ama” – Não é, amiga. Pare de se enganar. Arrume a mala, viaje sozinha, prove comidas novas e estranhas, chore no transporte público até sair meleca do nariz, sinta o cheiro de novos ares, monte uma playlist de músicas bem cafonas, cante no chuveiro até acabar a voz, vá ler Rupi Kaur, Chimamanda, Elena Ferrante… nade em mares desconhecidos, pise em terras que você não consiga nem pronunciar o nome, ai você vai ver que não existe amor mais forte que o de você para você mesma. Esqueça a baboseira que a felicidade só é real quando compartilhada.

E um homem não me define

Minha casa não me define

Minha carne não me define

Eu sou meu próprio lar

Ela desatinou

Desatou nós

Vai viver só